quinta-feira, 23 de julho de 2009

A bomba Sarney

Na primeira página da Uol hoje está escrito: Presidente do PT do Maranhão critica apoio de Lula ao presidente do Senado, José Sarney.

Domingos Dutra, deputado federal, acha um absurdo a campanha pró-Sarney que o presidente Lula está fazendo ultimamente, defendendo aquele que chamou de Ladrão há exatos vinte anos atrás, quando Lula perdia as eleições pra Fernando Collor, que sofreu impeachment em 1992.

Realmente é um absurdo.
Depois de denúncias, várias comprovadas, de nepotismo, recebimento de verba indevida, uso de influência para indicação de cargos, desmandos sem fim no Maranhão, onde sua família manda, o mínimo que um presidente que defende a decência e honestidade deveria fazer seria pedir o afastamento, mas foi o contrário.

O jogo político brasileiro é a coisa mais nojenta que nós temos nesse país, onde tudo é na influência, pouca coisa é na competência e confiança plena.
Para cada ação que se pratique há um favor de troco, nada sai de graça, nada é pelo ato de ajudar...com a política, nada é relativo a seu trabalho, o serviço de bem servir ao povo, esse é colocado em último lugar.

Como temos eleições ano que vem, ninguém quer criar inimigos nesse ano, teremos aquela velha troca de elogios seguida de acusações sem base, existentes apenas para criar burburinho, uma falsa tensão à favor da população, nada mais que encenação..

É revoltante quando assistimos o Jornal Nacional e o William Bonner diz com todas as letras: "...Deputado da oposição aceita projeto A em troca de apoio futuro em projeto B".
Todos os dias você ouve isso, no Jornal de maior audiência do Brasil, no maior ibope da nossa televisão, o apresentador nos diz uma vergonha, uma indecência, e o que a gente faz?
Nada, finge que não entendeu.
Me incluo nessa vergonha, pois tenho espelho em casa.

Na verdade, boa parte da população realmente não entende o mínimo necessário para se criar uma postura de cobrança nesse país.

Deve ser por isso que temos as escolas públicas abandonadas e com ensino de péssima qualidade, assim mantemos um povo passivo em uma parcela e um outro ignorante na outra.
Isso quando não temos um meio termo, com passivos e ignorantes de mãos dadas...

Êita país complicado...

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