terça-feira, 9 de junho de 2009

Felipão vai trabalhar no Uzbequistão


A foto e o título foram retirados do site Globoesporte.com no dia de hoje, 09/06/2009.
Felipão virou meu ídolo em 1995, quando treinava o Grêmio e foi campeão da Libertadores nesse mesmo ano. Confirmou seu posto para comigo ao vencer a mesma competição com o Palmeiras em 1999, num jogo dramático, decidido nos pênaltis.
Você que nunca viu seu time disputar uma final nos pênaltis, não inveje quem o viu, nada é mais desgastante e desesperador...nada mesmo!
Quem se lembra da Copa de 1994 sabe do que estou falando.
Não sou palmeirense nem gremista, na verdade, o Felipão te cativa pelo jeito natural e simples na beira do campo, sem usar ternos chiques com gravatas de milhares de dólares, ele se comporta como um simples funcionário do clube, com a mesma importância dos onze que estão em campo.
O gaúcho vibra, chora, é capaz de chegar quase às vias de fato quando seu time é prejudicado ou qualquer adversário faz algo que o desagrada, esse é o Felipão, tão humano quanto qualquer um de nós.
Dá a entender que este post é pra elogiá-lo, ? Mas não é...
Ao fechar com o time do Bunyodkor, time top de linha das competições asiáticas, Felipão escolhe os Petro-dólares ao status, abdica de disputar uma Copa do Mundo ano que vem para ficar (mais) milionário do que já é, já que a multa do Chelsea por romper contrato com ele foi coisa de milhões de Libras Esterlinas.
Em miúdos: Felipão não precisa de dinheiro, ele o tem de sobra!
Não tenho nada com a vida dele, é o treinador que nos deu o Penta em 2002, peitando Deus e o mundo ao não convocar o Romário, que fazia 40 gols por ano a essa altura, mantendo seu foco no seu trabalho e no bom convívio do grupo, ele acreditou em todos e a seleção mais desacreditada que eu já vi em uma Copa acabou por vence-la.
Lembrando que essa seleção em 2001 foi eliminada da Copa América por Honduras, por 2 a 0, talvez na maior vergonha que o futebol brasileiro já tenha me mostrado.
Tomara que ele se dê bem, que a estrutura que ele citou na entrevista do Globoesporte.com (vários campos de treinamento, estádio novo no ano que vem e etc) seja realmente de seu contento, que ele possa ser no Uzbequistão o ídolo que é em Portugal e no Brasil, embora eu acredite que o dinheiro tenha sido o carro chefe dessa negociação, e não a chance de um trabalho ao nível de seu potencial de treinador.
*Você consegue bolar alguma música que a torcida do Bunyodkor possa cantar pra incentivar o time?! Com esse nome fica meio difícil, ...

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