segunda-feira, 15 de junho de 2009

O espetáculo chamado Basquete.


O basquete talvez seja o terceiro ou quarto esporte mais popupar do Brasil, nossa liga é disputada por poucos times e é transmitida apenas pela tv fechada, ou seja, o povo não tem oportunidade de entender o jogo, podendo gostar mais ou menos do esporte.

Devido minha clara e evidente falta de habilidade com as pernas, sempre fui péssimo jogador de futebol, embora sempre tenha gostado, mas não sou um bom praticante do esporte que eu mais amo, assumo tranquilamente, sem rancor próprio ou síndrome de inferioridade.


Quando eu tinha sete anos de idade, voltei a morar em Paraiba do Sul, depois de dois anos tentando adaptação em São Paulo, mas minha mãe não gostou e voltamos pra nossa casa, que passaria por reforma uns tempos depois.

Mudanças lá e cá, mas meu terraço foi mantido, terraço no qual as pilastras eram as traves e os goleiros imaginários sofriam comigo, era capaz de imaginar o Vasco vencendo por 30 a 0 de qualquer time, terrestre ou marciano, com 20 gols de Valdir Bigode ou Bebeto, caras que foram ídolos na minha cabeça de moleque.

Um amigo do meu avô me conheceu e por mera gentileza me fez um aro de basquete, totalmente simples, com uma borracha cobrindo uma viga como estrutura e uma rede de pescador em baixo, o pedreiro lá de casa chumbou na parede e pronto, meu garrafão estava pronto!


Era uma loucura, a bola quicando no terraço ecoava na casa toda, eu, no intervalo entre 7/13 anos não tinha a menor noção disso, e não me importava: arramessava de manhã cedo, depois do colégio, depois do almoço, antes do lanche e a noite, com a ajuda dos meus refletores profissionais (as lâmpadas do terraço).

Coincidentemente, a Band, que na época era "o canal do esporte" passava as finais da NBA na tv aberta, se não me engano isso foi em 1991, quando um negão com a camisa 23 jogava pelo Chicago Bulls e fazia atrocidades com a bola, e eu ia dormir tarde sempre que tinha jogo.

Esse negão era só o Michael Jordan, maior de todos os tempos, na minha opinião, que me fez forçar meu pai a gastar uma grana na camisa dele, camisa essa que tenho até hoje e não vendo, não empresto e não alugo!


Então, desde essa época o basquete passou a ser meu esporte preferido para se praticar, confesso também nunca ter sido bom jogador, mas dava meus arremessos de longe e, modéstia a parte, boa parte deles caía bonito, de xuá!

Pra se ter uma idéia, quando eu treinava no time do CSA, em Três Rios, eu ia mais cedo pra ajudar no treino das meninas, aquecia, apitava, fazia sombra na marcação ou qualquer outra coisa, pra depois ir pro meu treino, às 19 horas, e voltar todo suado e acabado no ônibus de volta pra casa, pra tristeza dos outros passageiros, mas paciência.


Me animei de falar em basquete porque ontem, de novo, o L.A. Lakers venceu o Orlando Magic no quarto jogo da final da NBA, com Kobe Bryant marcando 30 pontos e sendo o MVP, como era de se esperar.

Aliás, Kobe é o Jordan da atualidade, sem nenhuma comparação entre os dois, por favor, entenda o que digo!

Phil Jackson foi campeão pela décima vez, batendo o record de conquistas da Liga por um treinador, lembrando que este venceu seis vezes pelos Bulls, e eu comemorei todas as seis vezes, e agora quatro vezes pelos Lakers, quando apenas apreciei o resultado, pois hoje em dia vejo basquete pelo prazer de assistir o jogo, sem torcer.


Conselho: vá a um jogo de basquete! Assista no ginásio, ao vivo e a cores, uma partida, é uma emoção única, pois o jogo não para, é corrido e a torcida fica muito mais perto dos jogadores que no futebol, você repara a emoção que o jogador sente ao ser incentivado.


Basquete é coisa de outro mundo, pode ter certeza!

Nenhum comentário:

Postar um comentário